sexta-feira, 24 de julho de 2009

GALO LÍDER ???

Você deve estar se perguntando: Como pode o Atlético ser o líder?
A resposta certa eu não sei, mas vou contar a trajetória do Atlético-MG até chegar a liderança da Série A, desde
os dias que antecederam o início do campeonato. Talvez assim, surjam respostas para a pergunta que não quer calar. O Galo liderou SETE das 13 rodadas até agora.

CAPÍTULO 1
Semana difícil.
Domingo, 03 de Maio de 2009.

A seis dias da estreia no Brasileirão 2009, o Atlético-MG perdia para o Cruzeiro o título mineiro. Ciente de que havia algo errado, a diretoria começou demitindo o treinador Emerson Leão. Para o seu lugar foi contratado o gaúcho Celso Roth.

Em seu primeiro jogo uma tarefa complicada, reverter o placar de 3 a 0 contra o Vitória, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Jogando no Mineirão, o Galo venceu por 3 a 0 e levou a decisão para os penaltis, mas o zagueiro Leandro Almeida pôs tudo a perder, cobrou nas mãos do goleiro Viáfara.

Segunda eliminação em três dias. Vésperas de estrear no Brasileirão. Que fase hein!

E assim, em maus lençóis e de treinador recém chegado, o Galo mineiro foi para mais uma edição do Campeonato Brasileiro.

CAPÍTULO 2
Ajeitando a casa.

Como num jogo de baralho, o jogador analisa as cartas que tem na mão, e descarta as que não servem. Antes mesmo do início, dois volantes do Atlético saíram de cena.

O treinador Celso Roth nem precisou avaliar o volante Júnior Carioca, os dois tiveram problemas nos tempos de Flamengo e Grêmio, e o jogador foi novamente dispensado. Em seguida Júnior foi jogar no Náutico, mas lá quem pediu dispensa foi ele. Atualmente está sem clube.


O outro volante é Rafael Miranda, que foi descartado e deixou a barca, o volante foi emprestado ao Atlético-PR. Na 5ª rodada, quando as equipes se enfrentaram, ele não pôde jogar, pois ainda pertence ao clube mineiro. O Galo venceu na Arena pelo placar de 4 a 0.


Celso Roth também dispensou o atacante argentino Mariano Trípodi, que estava emprestado pelo Santos. Ele voltou para o clube paulista, mas também foi dispensado. Hoje está sem clube, alguém se habilita?




Titular até a 3ª rodada, o goleiro Juninho teve seu contrato rescindido, e hoje disputa a Série B pelo Juventude. Na mesma época o meia Lopes também rescindiu contrato. Os dois voltaram a ser companheiros.


Em seguida foi a vez de Leandro Almeida se despedir. Revelado no clube, em apenas dois anos no profissional chegou a incrível marca de 101 jogos e 14 gols. Assim como a maioria dos jovens, o zagueiro de 22 anos partiu para a Europa, foi jogar no Dínamo de Kiev, na Ucrânia.



Ainda não contente com o que tinha em mãos, o clube mineiro negociou mais três atletas: o lateral direito Élder Granja, o volante Fabiano e o meia Hugo. Por mais incrível que pareça, os três continuam jogando juntos, no Sport de Recife, do ex-treinador do Galo, Emerson Leão.

E para fechar de vez a lista de dispensas, o Galo se livrou de três juniores. O meia Yuri retornou ao time júnior, enquanto o goleiro Nicolas e o atacante Raphael Aguiar foram emprestados ao Tombense, clube do interior mineiro.

No total, 12 atletas saíram. Para não ficar com um grupo pequeno, o Atlético contratou jogadores para recompor o elenco.

CAPÍTULO 3
Sejam bem-vindos.

Qualificar o plantel, esse é o objetivo principal quando um clube contrata jogadores.

O primeiro a chegar foi o volante Jonílson, do Botafogo de Ribeirão Preto. Ele chegou e formou um trio com Renan e Márcio Araújo. Juntos, eles levaram o Atlético à lidrança.

E dessa negociação com o Atlético-PR veio o atacante Júlio César, emprestado pelo clube paranaense. Teve uma passagem muita curta e apagada, participou de três jogos, nenhum como titular, e não marcou gol. Foi devolvido.

Após a 2ª rodada, o Galo apresentou o meia Evandro, vindo do Palmeiras. O jovem estreou no empate com o Santo André, 0 a 0 no Mineirão. Até agora foi titular em apenas dois jogos.

Com a saída do goleiro Juninho, a posição ficou nas mãos de Aranha, contratado da Ponte Preta. Assumiu a titularidade a partir da 4ª rodada.

Após a 5ª rodada, chegou o zagueiro Alex Bruno, emprestado pela Portuguesa. Alex não teve sorte em sua estreia. Foi na 8ª rodada, o Galo era o único invicto do Brasileirão quando foi à Barueri enfrentar os donos da casa. Resultado: fim da invencibilidade, derrota por 4 a 2.




CAPÍTULO 4 
Grupo forte.

O plantel do Galo teve saídas, chegadas, mas já havia uma base forte. A espinha dorsal do time foi mantida.

Celso Roth conversou com o experiente volante Carlos Alberto (31), e ficou decidido que ele jogaria na lateral-direita. Lhe falta habilidade, mas lhe sobra vontade para ajudar na marcação. Um dos pontos fortes do "Galo-Líder". Que tem a melhor defesa do Brasileirão, 13 gols sofridos em 13 jogos.


A dupla de zaga (que mais parece nome de dupla sertaneja) Welton e Werley, jogava um "feijão com arroz" que dava segurança ao goleiro atleticano. 


Na lateral-esquerda, a malemolência do jovem Thiago Feltri (24). Com suas arrancadas pela ponta, o Atlético consegue surpreender os adversários com rápidos contra-ataques.

Os protetores da zaga, Renan (24) e Márcio Araújo (25), esbanjam juventude. Os volantes, juntos com Jonílson, também dão velocidade na saída de bola do Atlético.


Na armação das jogadas, a experiência de 36 anos do baiano Júnior, pentacampeão com a seleção brasilieira na Copa do Mundo de 2002. O capitão da equipe é o responsável pela dinamicidade do meio-campo do "Galo-Líder".
 
E na frente, fazendo os gols, Éder Luis e Diego Tardelli, ambos com 24 anos, muito entrosados, velozes e furiosos.






CAPÍTULO 5 
Versatilidade.

Versatilidade, isso é o que Celso Roth exige do Atlético. Muito protegido atrás, e aberto pelas pontas, procurando ocupar o campo inteiro. Seja no 3-5-2, usado nas primeiras rodadas, ou no 4-3-1-2, com três volantes e Júnior na armação.

Galo no 3-5-2

E aí? Até quando o Atlético será o líder?
Domingo agora tem Atlético-MG e Goiás no Mineirão.
O time de Iarley e cia. vem numa crescente, vai complicar.

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